quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Djokovic v Murray


Passaram pouco mais de tês semanas desde a última vez que estes dois jogadores se defrontaram (ver post de 14 de outubro). De Shanghai para a O2 Arena de Londres. Hoje não era uma final, apenas um encontro do Grupo A da ATP World Tour Finals 2012, que se disputa entre os 8 melhores jogadores da atualidade.
 
Curiosamente, a história repetiu-se. Murray não poderia desejar uma melhor entrada, com a quebra do serviço do seu opositor e um jogo de serviço em branco, que lhe deu o 2-0. A superioridade do escocês no primeiro set (6-4) não ofereceu dúvidas a ninguém, nem mesmo ao sérvio, que acabaria por referir na entrevista final que quando Murray atinge aquele nível, nem ele o consegue parar. Se é certo que este encontro não atingiu o brilhantismo ou o dramatismo do disputado há três semanas, houve momentos de grande intensidade e de ténis de elevado nível. Djokovic, já se sabe, é o jogador do circuito mais forte mentalmente e, como seria de esperar, não se deixou abater e acabou por vencer a segunda partida sem grande surpresa, por 6-3. Andy começou mal o terceiro set, com reações que fizeram lembrar aquele jogador derrotado que há dois ou três anos nos habituámos a ver nas finais de GS. Mas os conselhos de Lendl apareceram ao oitavo jogo da terceira partida que, após estar a perder por 1-3, conseguiu equilibrar para 4-4, com quebra de serviço de Nole. Pensou-se que Murray, a jogar perante o seu público, já não iria deixar fugir o encontro. Mas quem está por dentro do ténis atual, e conhece o espírito predador e ganhador de Novak Djokovic, sabia que o sérvio iria dar tudo o que conseguisse a partir daquele momento. E assim aconteceu. Nole foi buscar o seu melhor ténis, que não por acaso faz dele o número um da atualidade, e a partir daí não há nada a fazer. O serviço volta a aparecer, e os pontos decisivos a cairem para o número um. Apesar de um certo equilíbrio, que se tem registado entre estes dois grandes tenistas, Novak acabaria por vencer uma vez mais (4-6, 6-3, 7-5) e assim assumir a liderança do Grupo A, que eventualmente evitará o seu encontro com Roger Federer nas meias-finais do torneio.

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