segunda-feira, 11 de novembro de 2013

ATP World Tour Finals

Nadal pode (e vai) terminar esta época como número um mundial, mas esta foi a noite de Djokovic. Foi assim que os (excelentes) comentadores do Sky Sports (Boris Becker incluído) finalizaram uma semana intensa de emissões cheia de emoção e ténis de muito bom nível. É certo que este torneio, tal como os Masters ATP são incomparáveis a qualquer um dos Torneios Grand Slam. É certo que um encontro de ténis jogado em recinto fechado não é a mesma coisa que um onde a chuva, o vento podem sobrepor-se a tática previamente definida. E, principalmente, um encontro jogado em "melhor de 3 partidas" é incomparavelmente menos emotivo e equilibrado do que um confronto jogado em "melhor de 5 partidas".

Esta foi de facto a final desejada por todos os apaixonados do ténis. Frente a frente o número 1 do ranking masculino com o número 2 e detentor desta taça. Apesar disso, não foi uma daquelas finais que irá ser recordada daqui a alguns anos, principalmente por culpa do espanhol, que esteve longe do seu melhor nível. Com um serviço pouco eficaz e 4 duplas faltas contra zero do sérvio, foi a direita que verdadeiramente atraiçoou Nadal esta noite. A pancada que o espanhol melhorou consideravelmente durante o recente interregno, e que o catapultou novamente para a liderança do ranking ATP, não conseguiu fazer a diferença esta noite. E tantas bolas ficaram curtas, principalmente no serviço de Nole, que esteve a muito bom nível, que o sérvio não foi obrigado a fazer mais do que o seu jogo, a abrir ângulos e a controlar o jogo no fundo do court, causando muitas dificuldades ao maiorquino.

As estatísticas desta final mostram ainda que Djoko conseguiu 6 ases contra 1 de Nadal. Além de desastrado no serviço, a noite não do maiorquino confirma-se nas estatísticas da resposta ao serviço. Rafa consegue a "proeza" de ter obtido menos pontos no 2.º serviço do sérvio (30%) do que no 1.º serviço (31%). Em qualquer dos casos, percentagens muito baixas quando comparadas com as de Novak (50% e 42%, repectivamente).



1 hora e 36 minutos de domínio total de Nole (6-3, 6-4), na sua superfície preferida. A época ainda não termina aqui para o sérvio que irá defender as cores do seu país, em casa, contra a República Checa, numa Final da Taça Davis 2013 que se adivinha equilibrada. Faz agora um ano tive o imenso prazer de assistir na República Checa a essa tão emocionante 100.ª Final da Taça Davis disputada entre espanhóis e checos (post de 18 de novembro de 2012). E, não convém esquecer, a República Checa conquistou pela primeira vez a Fed Cup e Davis Cup no ano de 2012.

Aconteça o que acontecer na Arena de Belgrado entre 15 e 17 de novembro, parabéns Nole!