terça-feira, 28 de outubro de 2014

Karen Carpenter

Há cantores que ficarão na história pela criação de um estilo musical, pela originalidade ou pelo talento para a dança. E há outros que são imortalizados pelas tragédias ou escândalos que marcaram a sua vida.
 
No entanto, são poucos os que são lembrados simplesmente pela sua voz. Aquela voz que, no meio de tantas outras, é imediatamente identificada. É o caso de Karen Carpenter.
 
A história da cantora sorridente de aparência frágil e dotada de uma voz grave e singular teve um desfecho trágico. Depois de tantos sucessos na década de setenta, alguns considerados ainda hoje ícones da história da pop, que culminaram com uma atuação na White House por convite de Richard Nixon aquando da recepção do chanceler alemão Willy Brandt, Karen foi precocemente derrotada por uma doença praticamente desconhecida naquela época. Faleceu de paragem cardíaca provocada por anorexia nervosa, a um mês de fazer 33 anos.
 
Juntamente com o seu irmão, Richard Carpenter, Karen obteve a consagração internacional como vocalista dos The Carpenters. Com cerca de 100 milhões de discos vendidos, o dueto californiano é ainda hoje considerado um dos biggest-selling da história da música americana.
 
A voz de textura aveludada, profundamente melancólica e bastante sofisticada de Karen pode ser melhor apreciada quando foi digitalmente isolada dos instrumentos. Foi o que fez o Studio Multitracks, com faixas de um dos melhores discos da dupla, The Singles 1969-1973, criando um efeito quase "a capella".
 
Yesterday Once More (em baixo), Goodbye to Love e Close to You são apenas três dos grandes êxitos dos The Carpenters.