A sua forma de interpretar conseguia elevar o estado de ânimo de quem o ouvia, a um nível de extâse quase mítico, obtendo como resultado uma certa histeria coletiva, conhecida como Lisztomania (em 1975, Ken Russell realizou um filme biográfico de Liszt com este título).
Liszt era um virtuoso, mas também um pedagogo extraordinário. Não tinha método, nem sistema didático, nem técnica específica. Não dava conselhos, entregando-se antes como modelo aos seus alunos. “Technique should create itself from spirit, not from mechanics”, afirmava. Não cobrava nada pelas lições e recebia alunos de todo o lado, respeitando a sua individualidade, como o provam múltiplas gravações. “O primeiro dever do professor é tornar-se desnecessário. O segundo dever do professor é ensinar os alunos a ensinarem-se a si próprios.” Na verdade, poucos como ele entendiam toda a dimensão etimológica do termo “educare” – encaminhar.
Da sua extensa obra, Hungarian Rhapsody No. 2 (com direito a interpretação em desenho animado por Tom & Jerry) e Dream of Love serão as mais conhecidas do público. Segue-se "Un Sospiro", pelo pianista canadiano Mar-André Hamelin.
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